Pânico
- Psicóloga Carla Maria Ferraz
- 13 de fev. de 2017
- 3 min de leitura

O indivíduo que sofre por ataques de pânico é alguém que vive sob a contante ameaça de desabamento de seu mundo, fato que ele experimenta diariamente por meio de seu corpo, seus sintomas físicos intensos e incontroláveis lembam a todo instante que algo terrível pode lhe acontecer e que nada pode fazer. E que para ele é um perigo concreto de que ele pode morrer a qualquer momento.
Numa representação subjetiva de seu desamparo fundamental. Estes pacientes mostram-se mais sensíveis a fragilidade da vida.
Pacientes com Transtorno do Pânico geralmente tem a sensação de morte iminente, e que podem apresentar Agorafobia que é o medo por estar se sentindo desagradável em um lugar ou situação ou a qual seria difícil escapar.
Devido os ataques serem frequentes alguns pacientes desenvolvem uma forma secundária de ansiedade antecipatória, preocupando-se constantemente com a expectativa de onde o próximo ataque irá acontecer.Na maior parte das vezes os ataques aparecem sem desencadeantes ambientais ou intrapsíquicos aparentes, devendo assim ser investigado as circunstâncias do ataque e a história de cada paciente, para que possa ser identificado os fatores psicológicos relevantes.
Nos vários estudos de casos clínicos com pacientes com Transtorno do Pânico foram revelados padrões e ansiedade em relação à socialização durante a infância, relações parentais de pouco acolhimento e sentimentos. Para a maior parte dos pacientes é difícil lidar com os sentimentos de raiva e agressão.
Em muitos relatos dos indivíduos que sofriam ataque do pânico pensavam estar sofrendo um ataque do coração, devido aos sintomas físicos. Ao experimentarem o ataque do pânico os mesmos se tornam preocupados sobre perder o controle e muitas vezes pensam "estar ficando loucos", passando a evitar lugares públicos e acabam ficando em suas casas onde se sentem mais seguros.
Algumas fobias específicas:
Agrofobia: medo de lugares altos
Algofobia : medo de dor
Astrafobia: medo de tempestade
Claustrofobia: medo de lugares pequenos
Hematofobia: medo de sangue
Monofobia: medo de ficar sozinho
Misofobia: medo de contaminação
Nictofobia : medo de escuro
Oclofobia: medo de multidão
Patofobia: medo de doenças
Sifilofobia: medo de sífilis
Zoofobia: medo de animais
Critérios Diagnósticos
O surto repentino pode ocorrer a partir de um estado calmo ou de um estado ansioso.
1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia.
2. Sudorese.
3. Tremores ou abalos.
4. Sensação de falta de ar ou sufocamento.
5. Sensação de asfixia.
6. Dor ou desconforto torácico.
7. Náusea ou desconforto abdominal.
8. Sensação de tontura,instabilidade, vertigem ou desmaio.
9. Calafrios ou ondas de calor.
10. Parestesias (anestesia ou sensação de formigamento).
11. Desrealização ( sensação de irrealidade) ou despersonalização ( sensação de estar
distanciado de si mesmo.
12. Medo de perder o controle ou "enlouquecer".
13. Medo de morrer.
Fatores de Risco e Prognóstico
Temperamentais : Afetividade negativa são propensos a experimentarem emoções negativas e sensíveis aos sintomas de ansiedade, acreditando que os mesmos são prejudiciais e que são fatores e risco para um ataque do pânico.
Ambientais: Relatos de experiências infantis de abuso sexual e físico são mais comuns no transtorno do pânico do que em alguns transtornos de ansiedade, muitos relatam estressores identificáveis nos meses anteriores ao seu primeiro ataque do pânico (ex.: estressores interpessoais e relacionados ao bem-estar físico, como experiências negativas com drogas ilícitas ou de prescrição, doença ou morte na família).
Genéticos e fisiológicos: Acredita-se que múltiplos genes confirmam vulnerabilidade ao transtorno do pânico, mas que ainda não foi comprovada as funções ou quais genes. Existem risco aumentado para transtorno do pânico entre filhos de pais com transtornos de ansiedade, depressivo e bipolar. Distúrbios respiratórios, como asma, estão associados ao transtorno de pânico, em termos de histórias passadas,comorbidade e história familiar.
* Os critérios acima não servem para autodiagnóstico, caso perceba que tem a maior parte dos sintomas descritos acima, é de fundamental importância procurar atendimento psicológico para que o profissional avalie e faça o diagnóstico corretamente.
Este artigo, tem por finalidade informar sobre variados transtornos mentais e não ser elemento de diagnóstico para seus leitores. Para isso é necessário procurar atendimento psicológico.
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